Depois de conhecer Buenos Aires, Cancun e alguns destinos nos Estados Unidos, geralmente o turista brasileiro vira seus olhos para o leste, em direção à Europa, para escolher sua próxima viagem.
Porém, com o intuito de ter um melhor retorno sobre o investimento nesta viagem, muitos turistas cometem erros que acabam sendo prejudiciais ao seu maior interesse: conhecer de fato os lugares escolhidos.
O maior erro ocorre na escolha do roteiro. Muitas pessoas optam por pacotes que prometem mostrar muitos países em cerca de 15 a 20 dias. Ora, a Europa possui 50 países, que por sua vez possuem centenas de cidades de interesse histórico, cultural e turístico. Assim, qualquer pacote que siga esta orientação vai lhe entregar uma visão meramente panorâmica de cada cidade. A grande probabilidade é que o turista conheça a Europa pela janela de um ônibus, não ficando mais de algumas horas ou no máximo dois dias em um local.
Portanto, tenha em mente uma coisa: você não vai conhecer a Europa em uma viagem apenas. Serão necessárias algumas dezenas de viagens pra você poder dizer que realmente conhece a Europa. Assim, a sugestão é escolher roteiros focados em regiões específicas, como Roma e Toscana na Itália, Ilhas Gregas e Atenas, na Grécia, Paris e arredores, na França, Madrid e Andaluzia, na Espanha e assim por diante. Ou, então, viagens que dediquem de 3 a 4 dias a algumas cidades.
Mas qual região escolher? Por onde começar? Trata-se de algo que o viajante deve escolher baseado em seus gostos pessoais. A Europa, ao contrário do que pensam algumas pessoas, não é só feita de igrejas, museus e monumentos. Lá se encontra de tudo: paisagens exuberantes, como os fiordes noruegueses e as highlands escocesas, cidades que mesclam o antigo com o moderno, como Londres, Barcelona e Berlim e cidades que remetem à origem das civilizações, como Roma e Atenas.
Ultrapassada a questão do roteiro, o segundo obstáculo que o viajante deve superar é a ideia de economizar ao extremo. Na Europa, de uma maneira geral, na hotelaria não existe o bom, bem localizado e barato. Se quiser hotéis bons e baratos, então abra mão da localização (quanto mais barato, geralmente mais longe das áreas turísticas). Se quiser hotel bom e bem localizado, aceite um preço mais elevado.
Em compensação, se você quiser realmente conhecer as cidades visitadas, seu custo de transporte será relativamente baixo. Basta tirar do armário seu tênis de caminhada, pegar um mapa do metrô ou entrar nos ônibus double-deckers hop on hop off, que você pode subir e descer quantas vezes quiser durante um determinado período de tempo e bom passeio! Não existe outra maneira de realmente conhecer a Europa a não ser batendo perna!
Não pense em alugar carro nas capitais. O carro só é recomendado em algumas situações, geralmente, quando você se deslocar de uma capital ou grande metrópole para o interior ou para o litoral, como de Roma para as cidades da Toscana ou da Costa Amalfitana, de Paris para Riviera Francesa etc. Nesses casos, o carro só deve ser alugado no dia de saída desta grande cidade. Importante lembrar que na Europa é exigida a Carteira Internacional de Habilitação para alugar e dirigir carros.
Outra questão que merece dedicação é o idioma. O português e o nosso famoso “portunhol” geralmente não bastam (a menos que você visite apenas Portugal e Espanha). Nos países nórdicos, no Oeste e na Europa Central, o inglês costuma resolver bem a comunicação. Se não tiver domínio do inglês, a sugestão é pegar uma excursão com guia bilíngue. Já no Leste Europeu, o inglês não é suficiente e a recomendação é viajar em excursões com guias bilíngues.
A última sugestão para quem vai viajar pra Europa é abrir a cabeça para costumes, comidas e conceitos completamente diferentes dos nossos. O enriquecimento cultural é o que você vai trazer de melhor em sua bagagem na volta de uma viagem pra Europa. Basta você estar aberto a isto.
E lembre-se: na dúvida, consulte seu agente de viagens. Ele é o profissional mais indicado para lhe dar toda a orientação necessária.
Serviço: Não é necessário visto para viajar para os 27 países-membros da União Européia, além de outros 13 países que fazem parte do acordo de Schengen. Ao entrar na Europa, é obrigatório portar passagem de ida e volta, vouchers de hotéis, seguro-viagem “Schengen” com cobertura de 30.000,00 Euros por evento médico e comprovante de meios para se manter durante a viagem (dinheiro, cartão de crédito, cash passport etc).