Ontem, 04/05, foi o Star Wars Day, dia que celebra a cultura da saga criada por George Lucas e que é praticamente “um feriado” para os fãs da série.
Seguindo a dica de um amigo para escrever algo sobre esse dia, pensei que há tanto para se falar sobre Star Wars e o tema deste blog, que um só post não daria conta. Portanto, vou tentar escrever alguns posts, ou episódios, para celebrar os filmes e sua relação com o cinema e os parques.
O estranho título desse episódio sobre a “ameaça do divórcio” tem a ver com o desencadeamento de eventos que fez de Star Wars: Ep. IV e o divórcio de George Lucas e sua (ex-)esposa Márcia, os catalisadores da criação de outro ícone do cinema: os Estúdios Pixar.
Até 1977 ninguém em Hollywood imaginava incorporar alta tecnologia em filmes. Tudo mudou com a estreia de Star Wars – Ep. IV. O mundo foi introduzido ao universo criado por George Lucas, que apresentava aos expectadores batalhas espaciais, sabres de luz, naves espaciais voando na velocidade da luz e diversos personagens alienígenas.
Com o lucro auferido com Star Wars, George Lucas teve a ideia de criar em 1979 uma divisão de computadores em seu estúdio LucasFilm e chamou para comandar esse departamento, Ed Catmull, um experiente cientista que amava cinema e sonhava em criar desenhos usando computadores.
O departamento de computadores era uma ferramenta para George Lucas melhorar os efeitos visuais/especiais em filmes com personagens reais. E assim fez esse departamento: criou um computador chamado Pixar Image Computer que mesclava nos filmes os efeitos visuais com as cenas reais filmadas.
Mas em 1983, George Lucas e sua esposa Márcia decidem se divorciar e George sabendo o quanto a divisão de bens afetaria a saúde financeira de seu estúdio, decide reduzir gastos e concentrar seus investimentos no que realmente importava.
Tendo em vista que o departamento de computadores já tinha cumprido seu grande objetivo, George Lucas decidiu vendê-lo juntamente com sua criação, o computador Pixar Image Computer.
Eis que entra na história o lendário Steve Jobs, recém afastado da empresa que havia criado, a Apple. Steve precisava de um novo desafio e queria lançar a próxima geração de computadores domésticos para concorrer com a Apple e viu naquela divisão de computadores da LucasFilm um ótimo ponto de partida.
Após exaustivas negociações, em 1986, Steve Jobs adquiriu a divisão de computadores de George Lucas por 5 milhões de dólares e assim nasceu a Pixar.
O gigante da animação e hoje presença em todos os parques da Disney não existiria se Star Wars não tivesse sido feito e George Lucas não tivesse se divorciado.
Pra quem deseja se aprofundar sobre essa história, recomendo a leitura do livro Criatividade S/A escrito pelo presidente da Pixar, Ed Catmull.